14 de maio de 2008

SINAL DOS TEMPOS


Nordeste do Brasil - Foi-se o tempo que o cabaré, o gato-preto, a zona do baixo-meretrício, local frequentado pelos bebins e raparigueiros de plantão (fora a turma do movimento dos sem-mulher MSM), era um local localizado na localização das brenhas das cidades do Nordeste.

Com os novos tempos do mercado de trabalho, a concorrência foi aumentando, a margem de lucro por banda de priquito (MLBP) foi caindo e aí as quengas, que como diria o humorista Espanta: Rapariga é bicho atrevido! Foram parar no mundo do forró!

Minino desde que as quengas em parceria com os raparigueiros, entraram nesse nicho de mercado a putaria comeu no centro.

Veja os títulos das músicas:

Calcinha no chão (Caviar com Rapadura)
Zé Priquito (Duquinha)
Fiel à putaria (Felipão Forró Moral)
Chefe do puteiro (Aviões do forró)
Mulher roleira (Saia Rodada)
Mulher roleira a resposta (Forró Real)
Chico Rola (Bonde do Forró)
Banho de língua (Solteirões do Forró)
Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal)
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada)
Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca)
Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró)
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró)

O Sertão do Fiofó que de santo num tem nem o pau-oco e muito menos quer levantar bandeira de moralista, faz uma pequena recordação do que outrora tocou-se nas bocas de difusora dos palhoções, barracas e forrobodós afins: Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jorge de Altinho, Alcimar Monteiro, Trio Nordestino, e mais um bisaco de gente que nunca deixou de beber e quengar, mas que tinha na alma a idéia que a música nordestina iria muito além duma mesa de bar de um cabaré.

Contribuição: José Teles

2 comentários:

Anônimo disse...

muito beeem!

Anônimo disse...

tá uma esculhambação mesmo essa moda de forró eletronico