4 de julho de 2007

BICHOS INTRIGANTES DA FAUNA SERTANEJA: O PASSARINHO DE FORQUILHA


Passarinho de Forquilha
(Autor desconhecido)

Habitava numa forquilha
Um bicho preto papudo,
Meu amigo o bicho é mudo,
E parece que tem magia;
Tem a boca vertical,
Bem no meio um sinal
É um pouco saliente
Tem catinga permanente
E perfume individual

Um tatu, sei que não é
Pois o bicho é cabeludo
Se come com pelo e tudo
Não se come de colher
Dá até pra se chupar
Não é peixe nem verdura
Mas se conserva a altura
De homem baixo alcançar

É assim como uma lesma
Visga e cheira a bacalhau
Se alimenta de mingau
Engorda e fica sebento
É abrigado ao relento
Vive sempre resfriado
Mas sendo higienizado
Fede menos mas não cheira
Faz a barba e tem coceira
E dá prejuízo ao barbado
Tem cara oferecida
Hospeda e não dá dormida
Comeu vá se retirando
Entra enxuto e sai pingando
Quem nele encontrar guarida

9 comentários:

  1. Anônimo11:16 PM

    caro violero, parabens fazia tempo que eu procurava por esta poesia. obrigado. joão sá

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  2. ...e eu pensei que fazia tempo que tu procurava um passarinho de forquilha...

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  3. Excelente o Blogger Sertão do Fiofó.
    Severino Fidelis de Moura, pernambucano de Amaraji.

    Esse mesmo poema em outra versão:

    QUE BICHO É ESSE?
    Autor: Anônimo

    Reside em uma forquilha
    Um bicho preto e papudo
    Meu amigo eu só cuido
    Que esse bicho tenha magia

    É feito sem serventia
    Tem uma boca vertical
    No meio tem um sinal
    Que é um pouco saliente

    Tem catinga permanente
    E um tamanho natural
    Tatu sei que não é
    Pois o bicho é cabeludo

    Se come com pelo e tudo
    Pode raspar se quiser
    Também pode comer em pé
    Querendo pode chupar

    É salgado sem ter sal
    Nem é peixe nem verdura
    Conserva-se a uma altura
    De qualquer um alcançar

    Ele é um tanto lesmento
    Tem visgo de bacalhau
    Se alimenta de mingau
    Engorda e fica sebento

    Vive abrigado ao relento
    Mesmo assim é resfriado
    Ele sendo bem lavado
    Fede menos, mas não cheira

    Faz a barba e tem coceira
    Dar prejuizo a barbado
    Dormida só pra casal
    Quem vir atrás que se amole

    Comida dura ele engole
    E mole não quer aceitar
    É aconselhável ir de frente
    Mas por traz dar pra acertar

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  4. Conheço esse poema desde a década de 80.
    Um primo meu, Roque, já falecido, recitava a segunda versão desse poema, dentre vários outros, sempre em nossas rodadas de cervejas.
    Primo Roque era uma figura bem conhecida em Garanhuns e cidades vizinhas.

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    Respostas
    1. Anônimo8:40 AM

      O que será?mesmo sendo poema qual será o bicho?

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  5. Recito esse poema, já que tem várias versões, também fiz minhas adaptações!!!!!!

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  6. Cadê a o resto do texto?? Um texto pela metade deixa de ser um bom texto. Não go

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